O aquecimento global pode parecer demasiado remoto para nos causar preocupação, ou até mesmo incerto – talvez apenas uma projeção feita pelas mesmas técnicas computacionais que muitas vezes não acertam nem a previsão do tempo da semana que vem. Num dia gelado de inverno, poderíamos achar que alguns graus a mais na temperatura não seria tão mau assim. E os alertas sobre as mudanças climáticas súbitas podem parecer uma tática radical dos ambientalistas para nos obrigar a abandonar nosso carro e o conforto do nosso estilo de vida.
Talvez essas ideias nos consolem. Contudo, a Terra de fato
tem notícias perturbadoras para nos dar. Do Alasca aos picos elevados dos
Andes, o mundo está se aquecendo – agora mesmo, e depressa. Em termos globais,
a temperatura subiu 0,6° C no último século, mas os lugares mais frios e
remotos se aqueceram mais. O gelo está derretendo; os rios, secando; e os
litorais, sofrendo erosão, ameaçando a vida de muitas comunidades. A flora e a
fauna também estão sob pressão. Não se trata de projeções, mas de fatos
concretos. (...)
Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmosfera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.
Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmosfera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.
(...) Na verdade, o que estamos fazendo é pôr mais
cobertores em cima do nosso planeta.
(APPENSELLER, Tim. Sinais da Terra. National Geographic Brasil, setembro de 2004.)
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